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29/08/2006
- Trabalho confinado exige capacitação
Reportagem publicada no O Jornal em 29/08/2006
A desinformação pode ser uma arma contra o trabalhador. Ambientes de trabalho confinado talvez sejam aqueles em que isto fica mais evidente, já que neles há um maior risco iminente de morte. A lei procura proteger estes profissionais com a obrigatoriedade de um curso de Segurança no Trabalho para que estes possam exercer atividades nestes locais.
O técnico em Resgate Fabio Biezus, que atua junto à Segmed, explica que para trabalhar em ambientes confinados, como túneis, silos e tanques, é imprescindível ter um curso de segurança para conhecer os reais riscos que se pode correr nestes locais e ter a capacidade de escapar deles sempre que necessário.
Segundo Biezus, no curso são expostos aos trabalhadores itens como avaliação e controle de riscos, medidas de controle e de primeiros socorros, assim como o preenchimento da permissão de entrada. As aulas são em grande parte práticas e incluem, por exemplo, técnicas de resgate vertical para os casos de acidente, semelhante às utilizadas no rapel.
Biezus lembra que, além do certificado do curso, um profissional para atuar em ambiente confinado precisa ter, de acordo com a lei, uma permissão de entrada e exames médicos em dia. O técnico ressalta ainda que, além disso, é necessário ter um biotipo adequado à atividade, para que permita maior mobilidade. Alérgicos e pessoas com problemas respiratórios também não devem trabalhar nestes locais.
Entre os principais riscos oferecidos por estes ambientes estão a falta ou excesso de oxigênio, explosões, soterramento, afogamento e choque elétrico. Biezus cita como exemplo o acúmulo de gás metano no fundo de um tanque, por exemplo. Ele é asfixiante e tem ação imediata, por isso, o trabalhador precisa estar consciente deste tipo de risco.
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